Entrevista com o Vampiro

Autora: Anne Rice, escritora americana.

O que deveria ser mais um história sobre vampiros tomou forma e virou um romance rico e profundo. É o primeiro livro de Anne Rice, e, talvez, o de maior sucesso! Anne Rice se espelhou nos vampiros para explicitar e entender suas angústias e mais profundos sentimentos. O livro narra a história de vampiros que viveram nos EUA e na Europa, com ênfase na França. A autora é de Nova Orleans (EUA) e, assim, essa é a cidade-cenário na maior parte do livro.

A história fala de morte, sempre a morte, num meio de vida eterna, pois os vampiros são jovens para sempre. Apesar da vida eterna, matam o tempo todo para sobreviver. Daí a autora tira brilhantes reflexões sobre a morte e a vida. Segundo alguns filósofos, mesmo se a ciência conseguisse, a vida eterna seria impossível. Pois, apesar do corpo continuar saudável, a mente não suportaria. O lado psicológico se colabaria devido à velhice de centenas ou milhares de anos. Não sei se a autora se inspirou nisso.

Os vampiros morriam com o tempo, pois suas mentes ficavam exaustas e perdidas no tempo, o vampiro ficava preso à uma época da história, enquanto que a mentalidade da época presente já era outra. Isso fazia com que o vampiro sofresse desgovernadamente até a morte. Assim, os vampiros tentavam sempre renovar suas relações, era necessário escolher um novo vampiro do novo tempo, que representasse o espírito da época, e então essa amizade renovaria a mente.

Os vampiros são a única espécie que seduz para matar e obter alimento. A autora explora o lado psicológico dos vampiros, e os divide em tipos emocionais. É o caso dos vampiros do Teatro dos Vampiros, eles seriam estúpidos e insensíveis. Eram vistos por outros vampiros (inteligentes) como decadentes, de vida em vão. Não procuravam saber o significado de nada, de sua própria existência ou de suas relações. Já os personagens centrais do livro se debatem o tempo inteiro com sua existência. Porquê viver? Porquê matar?...

E tentavam aprender com os outros vampiros, o que quase sempre era em vão. Mesmo nos vampiros mais velhos e mais sábios não havia resposta para quase nada. Mesmo assim, eles tentavam se adequar à condição de vampiro, o que nem sempre acontecia, pois nesta solução pode estar um problema ainda maior e que a maioria dos vampiros não percebia. Renunciar aos sentimentos humanos sobre a vida e o amor para se tornar um vampiro melhor, na verdade, pode levá-los à ignorância e envelhecimento. É perder uma qualidade da alma, que não poderá mais ser restaurada caso não encontre uma alma digna de extrema conjectura a tempo.

O melancólico vampiro Louis, que nasceu de um desgosto suicida à vida humana, que nunca teve um professor que o explicasse sobre o mundo, acaba o livro como um dos vampiros mais jovens e, no entanto, o mais inteligente dos vampiros. Mas o personagem de maior paixão da autora acabou sendo o vilão vampiro Lestat, impaciente, agressivo e esperto. Acabou sendo o nome da continuação deste livro, O Vampiro Lestat.

O melhor resumo do livro é, sem dúvida, o filme Entrevista com o Vampiro que conta com grandes atuações.

Crítica de Beavis & Butthead ao livro Entrevista com o Vampiro.

Link: Anne Rice's official homepage: página da própria romancista, é onde as notícias sobre ela e suas obras surgem primeiro e, o melhor, ela responde à perguntas mandadas pelos fãs por e-mail!